13 de mai. de 2011

Não se Pode Viver sem Amor


Filme dirigido e roteirizado por Jorge Durán (com quem fiz um curso de roteiro há muitos anos atrás, também diretor do ótimo "Proibido Proibir") em parceria com Dani Patarra. É daqueles filmes multiplot, algumas histórias acontecem paralelamente até os personagens se encontrarem em determinados pontos da narrativa. Adoro esse tipo de roteiro. O filme é bem construído e conta com personagens muito interessantes, extremamente cativantes (como o menino Gabriel e Roseli) e elenco talentoso. Até mesmo Simone Spoladore (que achava um pouco artificial em outros trabalhos) aqui está ótima. Um dos aspectos atraentes é que o filme se passa em locais menos turísticos do Rio de Janeiro, mas que não deixam de ser muito característicos da cidade. Esse pano de fundo é muito interessante. O único senão para mim é a parte final, que parece muito estendida e por vezes um pouco artificial.

Como não sou crítico de cinema, sempre procuro uma crítica que combine um pouco com a minha opinião e, portanto, sabia expressá-la melhor do que eu. Então segue abaixo a crítica do Globo que achei que bateu com a minha.

Minha Cotação: * * * *



Sentado Olhandorodrigo fonseca 
o globo | 15:12h | 05.mai.2011 
http://rioshow.oglobo.globo.com/cinema/eventos/criticas-profissionais/nao-se-pode-viver-sem-amor-4594.aspx
Parece óbvio, mas não é
‘Não se pode viver sem amor’ é o que recomenda Jorge Durán, do demolidor “Proibido proibir” (2006), ao passear por um Rio sem bandeiras de Zona Norte e sem cartões-postais de Zona Sul. Seu compromisso é com o fantástico, assumindo para si cores hispano-americanas do Chile, onde nasceu. A partir de uma estrutura de “filme coral”, diferentes núcleos de personagens comungam do desejo de fazer opções potencialmente traumáticas. Há um físico afetivamente confuso (Ângelo Antônio, vigoroso), um advogado fracassado empurrado para o crime (Cauã Reymond) e Roseli (Simone Spoladore), uma artesã cuja missão atual é zelar pelo menino Gabriel (Victor Navega Motta).
Às vésperas do Natal, Gabriel sonha encontrar seu pai. Forma-se entre eles uma ciranda que desafia a legislação do acaso, alimentada pelo combustível de fábula natalina. Todo desacerto vira acerto em um Rio perdido, de criminalidade quase ingênua e de valores morais resguardados pelos pactos de respeito e amizade. Ficando nessa geografia, Durán navega pelas névoas do encanto. Um encanto com gosto tardio de panetone que, apesar do trecho final mal lapidado, impõe-se pela habilidade de driblar obviedades.

FICHA TÉCNICA
Diretor: Jorge Durán
Elenco: Cauã Reymond, Simone Spoladore, Ângelo Antônio, Fabiula Nascimento, Victor Navega Motta, Rogério Fróes, Babu Santana, Maria Ribeiro
Produção: Gabriel Durán, Jorge Durán
Roteiro: Dani Patarra, Jorge Durán
Fotografia: Luis Abramo
Trilha Sonora: Diego Fontecilla, Christian Schmidt
Duração: 100 min.
Ano: 2010
País: Brasil
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Pandora
Estúdio: El Desierto Filmes
Classificação: 12 anos





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