8 de jan. de 2012

Imortais 3D


Mais um filme que o 3D é inútil, exceto por uma cena. Agora ficar usando um óculos pesado durante duas horas para ver uma cena em 3D, é demais. Mas enfim, tempos modernos. O filme em si é visualmente muito bonito, com uma ótima direção de arte e efeitos visuais, mas não possui cenas de ação bem elaboradas (sangue jorrando e slow motion são a aposta do filme) e a mitolologia não é bem explorada. De qualquer forma, eu gosto desse gênero, fico lembrando daqueles filmes do Simbad que passavam na sessão da tarde e eu adorava.


Minha Cotação: * * *



Crítica Cineweb
http://cineweb.com.br/filmes/filme.php?id_filme=3593
20/12/2011

“Imortais”, que estreia no país em cópias 2D e 3D, parece mais um desfile de escola de samba com o tema da mitologia grega do que propriamente um filme. Estão lá praticamente todos os elementos que fizeram de “300” (2006) um carnaval em Esparta: fantasias espalhafatosas, centenas de figurantes em cenas de batalhas e um samba do grego doido como enredo – agora localizado em outra região da Grécia.

Dirigido pelo indiano Tarsem Singh (“A Cela”), todo o empenho de “Imortais” está no seu visual. Figurinos que não fariam feio na Sapucaí, corpos esculturais e filosofadas – muita filosofada em cima da mitologia grega – dão a medida do filme.
Não é preciso lembrar-se das aulas de História Antiga para perceber que a trama é mais sem pé nem cabeça do que algumas estátuas gregas . Há um herói, Teseu (Henry Cavill, que no próximo ano será visto como o novo Super-Homem), uma sacerdotisa (Frieda Pinto, de “Você vai conhecer o homem dos seus sonhos”), um rei maligno (Mickey Rourke, de “Os mercenários”) e deuses irados (John Hurt e Luke Evans são duas versões do mesmo Zeus). Todos brigam – mas não pergunte a razão.

Eles se encontram em alguma ilha da Grécia antiga em algum período a.C. – quando era possível cultuar os mais diversos deuses, conforme a necessidade do momento. Fora isso, não há muito que faça sentido, ou que valha o esforço de concentração para entender em “Imortais”. O protagonista nutre uma afeição pela mãe que está mais para Édipo do que Teseu – mas tudo bem, afinal, Athena também troca olhares lânguidos com o pai, Zeus, e não é nenhuma Electra.

Há também prisioneiros escravizados – o que inclui Stephen Dorff, que parecia ter se reencontrado em “Um lugar qualquer”, mas derrapa novamente aqui – e uma série de atitudes misóginas, especialmente vindas do Rei Hiperion que quer-porque-quer conquistar o mundo (entenda-se apenas a Grécia e seus arredores). Para isso, liberará os Titãs, seres aprisionados e nervosinhos que lutam feito ninjas e foram treinados sabe-se lá por quem. Já o Minotauro parece qualquer coisa menos o ser mitológico que todos conhecemos. No fundo, a única coisa que “Imortais” pega da mitologia grega são os nomes dos personagens.

“Imortais” situa-se em algum lugar entre o remake de “A fúria de titãs” e “Conan, O Bárbaro”. É difícil dizer, no entanto, exatamente onde o filme se coloca, porque a distância que separa aquelas duas produções é muito pequena. Não espere cabeças gigantescas de estátuas falantes – não seria uma má ideia – nem um herói carismático. Teseu é chato, Hiperion é misógino (“A semente de um homem pode ser sua arma mais mortal”, diz ele). Contente-se em ver as sacerdotisas como mero objeto de desejo, fazendo caras e bocas ou banhadas em sangue – e isso não é bem um fetiche.


FICHA TÉCNICA
Diretor: Tarsem Singh
Elenco: Henry Cavill, Stephen Dorff, Isabel Lucas, Freida Pinto, Luke Evans, Kellan Lutz, John Hurt, Mickey Rourke
Produção: Mark Canton, Ryan Kavanaugh, Gianni Nunnari
Roteiro: Charles Parlapanides, Vlas Parlapanides
Fotografia: Brendan Galvin
Trilha Sonora: Trevor Morris
Duração: 110 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Imagem Filmes
Estúdio: Universal Pictures / Relativity Media / Atmosphere Entertainment MM / Hollywood Gang Productions




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